“Um ‘Tapa na Cara’! Uma Reflexão Inspirada em Schopenhauer e a Busca Impossível pela Perfeição”

Inspirada na filosofia de Schopenhauer, representando a caminhada pela vida imperfeita e o processo de autoconhecimento. Ela simboliza o confronto com nossas próprias falhas e a busca por autenticidade, destacando a jornada introspectiva de aceitar a realidade como ela é.

Se você está pronto para um choque de realidade, este texto é um verdadeiro tapa na cara — aquele que nos força a enxergar a vida sem os filtros de perfeição que criamos. Schopenhauer nos dá essa sacudida, lembrando que a vida é repleta de altos e baixos e que a busca pela perfeição constante é ilusória. Em vez de nos forçarmos a alcançar uma felicidade contínua ou uma vida sem falhas, o desafio é reconhecer o que realmente somos e aceitar que o mundo não se molda às nossas expectativas. Será que, ao tentar controlar o que está ao nosso redor, não estamos simplesmente evitando enfrentar o que está dentro de nós?

“A vida é uma constante luta por sobrevivência, entremeada por momentos fugazes de prazer e satisfação, que são rapidamente submersos no oceano da monotonia e do sofrimento.” — Arthur Schopenhauer

Schopenhauer nos lembra que a vida, por natureza, não é um conto de fadas, por isso, pare de “mimimi” e acorde! Aceitar que o mundo é imperfeito, cheio de altos e baixos, nos liberta da pressão de buscar uma felicidade ininterrupta ou uma existência sem falhas. Na sociedade atual, somos iludidos e encorajados a perseguir um ideal de perfeição que, na verdade, nos afasta daquilo que realmente somos. Tentamos moldar o mundo à nossa volta — nossas carreiras, nossos corpos, nossas relações — para que tudo esteja no lugar certo. Mas será que não estamos, na verdade, buscando controlar o externo para fugir da dificuldade de enfrentar o que está dentro de nós?

A tentativa de controlar o mundo ao redor frequentemente revela um medo de lidar com o próprio interior. É mais fácil ordenar o que é visível, tentando forçar a realidade a se alinhar com nossas expectativas, do que olhar para nossos próprios conflitos, dúvidas e inseguranças. Aceitar que o mundo e a vida não seguem nossos planos não é resignação; é um ato de maturidade, um “pé” em direção a uma autenticidade mais profunda. Quando nos damos conta de que a imperfeição faz parte da vida, paramos de tentar preencher esse vazio com máscaras de perfeição e passamos a valorizar o autêntico. A paz vem não de ordenar o que está lá fora, mas de acolher o que existe aqui dentro.

E é aqui que entra a importância de abraçar o “imperfeito” nos nossos projetos e ideias. Muitas vezes, o medo de errar ou de criar algo “incompleto” impede que demos o primeiro passo. No entanto, uma primeira versão — a “versão 1.0” —, mesmo que cheia de falhas, é essencial. É como construir uma fundação, colocar uma ideia no mundo e permitir que ela cresça com o tempo. Tim Ferriss, em Trabalhe 4 Horas por Semana, sugere que esperar pela perfeição é uma forma de evitar o risco, de evitar o erro, de evitar evoluir. Colocar uma ideia no papel, ainda que simples, cria o primeiro passo que pavimenta o caminho para melhorias. Afinal, se nunca colocamos nossas ideias em ação, elas ficam presas ao ideal de perfeição e, na prática, nunca chegam a ser qualquer coisa, não passam de ser o Nada.

Quando nos permitimos dar o primeiro passo, mesmo com uma versão simples, começamos a descobrir o verdadeiro potencial de uma ideia. Austin Kleon, em Roube como um Artista, reforça essa necessidade de agir, lembrando que a perfeição é, muitas vezes, uma desculpa para a procrastinação. Criar algo novo não é sobre fazer o perfeito, mas sobre dar forma ao que existe dentro de nós, sobre entender nossas origens e expressá-las de maneira autêntica.

E é isso que torna qualquer criação genuína. “Original” vem do latim originem, que significa “começo” ou “nascimento.” É a raiz de onde tudo se desenvolve. Ser original, portanto, é estar em contato com essa essência primária, com as próprias raízes. E as origens de cada um de nós são únicas. A profundidade de um projeto ou de uma criação vem da nossa capacidade de explorar essas raízes, de ir ao fundo do que nos faz quem somos. Quanto mais buscamos entender nossas próprias origens, mais autêntico e profundo se torna o que criamos.

Esse significado vai além do simples ato de criar algo novo; ele resgata o que é verdadeiro em cada um de nós. Se seguimos o fio condutor de nossa própria origem, encontramos uma lógica clara: quanto mais nos conectamos com nossa essência, mais autêntica se torna a nossa criação. E isso é um processo contínuo. Não precisamos atingir a perfeição, mas sim a autenticidade, e ela só surge quando nos permitimos ser quem realmente somos, em cada etapa, cada “versão” de nós mesmos e de nossos projetos.

A vida, então, não é sobre alcançar uma perfeição inatingível, mas sobre descobrir o que faz sentido para nós. É sobre dar forma a algo autêntico, mesmo que esteja longe de ser ideal. E ao criar, com base nas nossas origens, permitimos que nossas ideias cresçam de maneira verdadeira, construindo, com cada passo, algo que reflete quem realmente somos. No fim, viver é aceitar que somos um trabalho em progresso — e que essa é a beleza da nossa própria imperfeição.

Referências Bibliográficas:

  • Schopenhauer, A. (2001). Aforismos para a Sabedoria de Vida. São Paulo: Martins Fontes.
  • Ferriss, T. (2017). Trabalhe 4 Horas por Semana. Rio de Janeiro: Editora Sextante.
  • Kleon, A. (2013). Roube como um Artista: 10 Dicas sobre Criatividade. Rio de Janeiro: Editora Rocco.

 


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Quem sou?

Meu nome é Luiz Mário F. Costa, e tenho a satisfação de compartilhar minha experiência e conhecimento com você. Sou historiador, com Mestrado e Doutorado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e um Pós-Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP). Além disso, desenvolvi pesquisas na Universidade de Lisboa (UL) e na Universidade Católica Portuguesa (UCP). Minha área de investigação concentra-se na fascinante História da Escrita, onde tenho contribuído com dezenas de artigos científicos e livros de referência.

Soma-se a minha formação acadêmica, uma sólida base em Psicanálise Clínica pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica (IBPC), o que me permite enriquecer minha abordagem e compreensão das nuances do processo de escrita. Como fundador da Coach em Escrita em 2019, tenho o prazer de liderar a mais completa Empresa de Serviços Redacionais.

Minha trajetória como pesquisador e escritor me proporcionou uma ampla visão sobre as demandas textuais acadêmicas e profissionais. Ao longo dos anos, desenvolvi uma metodologia exclusiva e eficiente para auxiliar os indivíduos em sua jornada de escrita. Com a Coach em Escrita, proporciono um suporte personalizado e orientação estratégica para cada demanda textual, desde concursos públicos e vestibulares até artigos científicos, relatórios, teses e livros.

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